segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Primeira night em Sampa nessas férias

Houveram dois shows da Madonna após sei lá quantos anos sem vir para o Brasil.
Passamos uma tarde toda caminhando, eu e um casal de amigos, o Clayton e a Milena que também vieram de São Bento. Nos encontramos na Sé, passamos pelas putas, fomos na feira da liberdade porque era domingo, não comemos nada e resolvemos ir para a república.
Na galeria comprei dois botons, um do Hommer vestido de Ziggy Stardust e um do logotipo da Moura Brasil.
Passamos pelo Copan, pela praça Roosevelt e subimos a Augusta tomando eventuais brejas pelo caminho e só conversando. Até a Paulista, mó rolê. Até o Masp, desistimos de entrar, tava quinzão para ver talvez alguns picassos ou whatever e fomos pro Habbibs da Augusta.
Começou mó temporal, a rua Augusta virou uma corredeira, um entregador de bicicleta tomou um capote, uma mãe com duas crianças entrou para se proteger, e nós pedimos algumas esfirras e duas caipirinhas, no Habbibs você pede uma caipirinha e ganha um chope.
Deixamos a caipirinha esquentar de tão doce e forte, vou montar uma barraquinha de pingas na frente dos habbibs. Nojo.
Convenci o casal vinte de SC a voltar para a parte lúgubre da Augusta, não tinha mostrado a Loca para eles, o Flyer (que me parece que não existe mais), o Sarajevo, o Ibotirama. E fomos beber no bar da Loca (depois do Ibotirama).
Eu disse para o Clayton que o banheiro da Loca era Unisex (e transex). Ele confundiu a minha história e entrou no banheiro das minas no bar da Loca (não na Loca em si) e pegou uma grouppie do show da madonna mijando, ela nem ligou.
E eu fui depois no banheiro e pingar meu naridrim no nariz, que tenho sinusite, saí fungando e a mina arregalou uns olhos e me pediu um "padê". Para quem não sabe padê é cocaína na gíria gay, e eu tive que explicar para ela que eu só tava desentupindo o nariz, mas que ela podia encontrar o que quisesse com alguém na esquina do BH ou do Ibotirama.
Ficamos conversando, ela estava deslumbradíssima com o show da madonna e com a liberdade sexual paulistana, perguntou se eu era gay, respondi que não, e ela disse: mas calminho assim? Ué, ser calmo é ser gay - pensei. Mas não nos delongamos, a noite prometia.
A mesa em que ela estava - ah, ela era mineira de BH - tinha muitos gays e umas meninas que não identifiquei o que eram, mas pareciam que trepavam até com cadeiras.
Me despedi, levei o casal lá pelas seis da noite para o metro, liguei para uma amiga Nádia e fomos nos encontrar com o Orlando que não via faz anos. Ele estava com uma amiga que também parecia que queria pegar um padê. Conversamos muito tempo, o Orlando foi embora com a Nádia e fiquei com amenina, que me disse seu nome umas quinze vezes e eu sempre esquecia. Ela dizia que não ia me contar se nome mais, e logo me contava. Alguma coisa Amélia. Bem diferente da "dita". Uma amélia junkie?
Mas não deu em nada, não encontramos as pessoas que procurávamos e fui embora lá pela uma e meia da manhã, com uma bolha no dedo do pé, bêbado e com sono, e sem lembrar da metade das coisas que aconteceram. É sempre assim.