segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Mais um


What a clichê. "Minha última imagem". Mas... ficou lindíssima, várias texturas, minha tendência brega quase controlada na escolha das texturas.
Estou usando o renderizador Yafaray agora. Não é tão estiloso quanto o Lux Render, mas é mais rápido. Vi pessoas que fazer trabalhos realistas com o Lux, meu desenho é cool, mas ainda parece desenho. Ainda usei um direct lighting como método, logo aprendo a fazer um photon mapping decente.
Nos quadros, um poster do Ladri di Biciclette, de Vittório de Sica, ícone do cinema neorealista italiano, e o outro, Andrey Rublev, de Tartovski, atualmente um dos meus diretores preferidos, e os dois são filmes lindíssimos.
Andrey Rublev fala sobre esse pintor simbolista russo de mil quinhentos e bolinha (estou com preguiça de fazer uma pesquisa wiki ou google agora), num roteiro que fala sobre a relação entre a vida e a arte. Fiquei putíssimo quando descobri que o fdp do Tartovski fez esse filme com vinte e poucos anos. Uma superprodução. Lindíssimo.
O ladrão de bicicleta também me deixou maravilhado. Segundo meu amigo Fael do teatro, Vittório de Sica transforma uma história simples em algo emocionante. Fenomenal. Hemingway acreditava nisso, na beleza das histórias comuns, dizia que precisavam apenas ser bem contadas. O Velho e o Mar é assim.
Mas mudando de assunto, hoje além do trabalho fui na reunião do Conselho de Cultura e depois da USBE, a associação de escritores à qual sou presidente. Sem grandes novidades, a primeira foi bem interessante, na segunda foram apenas duas pessoas, parece desanimador, mas não é tanto assim, eu sei que as pessoas irão começar a comparecer logo, falta um pouco mais de empenho. No futuro faremos algumas publicações.
Ah, e sábado passei meu filme na Casa Vida, um estabelecimento de saúde mental. Nos reunimos uma vez por mês com um filme geralmente polêmico e fazemos os debates sobre os assuntos relacionados, e o psicólogo Robson Mello, criador do evento dá seus pitacos psicanalíticos. Suas ideias são sempre bem interessantes, e ele se expressa muito bem, é uma pessoa carismática e ativa.
Já assisti Camille Claudel, Dúvida (sobre uma hipótese de pedofilia), e desta vez, ministrei o 1984, filme baseado na obra de George Orwell. Conversamos sobre massificação, controle mental, mídia, falei sobre a influência do livro na cultura pop e na ficção científica, em especial a cyberpunk. Adoro pop, adoro cyber, adoro café.
Isso foi no sábado, no domingo fui conversar com um amigo que estava ajudando seu irmão numa lanchonete. Ele é escritor, dos bons, e vou fazer algumas ilustrações para um conto que ele fez. Daí fiquei bêbado, já que estávamos no bar, mas voltei cedo pra casa e acordei hoje às dez da manhã, atendendo um telefone da professora Meri para fazer os cadastros das crianças da ginástica para entregarmos para o SESI, para recebermos no futuro alguns incentivos em materiais, camisetas, etc. O projeto é o PAF. Programa Atleta do Futuro.
Quando estava arrumando o cadastro, recebi críticas de outros dois professores da ginástica, dizendo que aquilo não ia dar em nada, enfim. Pessoas que não gostam de trabalhar, também não gostam que outros trabalhem, para não se sentirem ameaçadas ou diminuídas. Pessoas desonestas se sentem desconfortáveis com pessoas de caráter. Uma das frases prediletas desse outro professor é "todo homem tem seu preço". Deve ser confortável para ele pensar que todo mundo precisa ser bem pago para ser um rato.

Nenhum comentário: